Anna Murakawa

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Edição e entrevista:

Ivanildo Jesus

Participação:

Dra. Ana Abrantes

Design:

Kas Hoshi e Victor R. Rodrigues

“A música tem um potencial transformador. Pode mudar a vida de quem ouve, mas também – e principalmente – de quem faz dessa arte uma profissão.” Há pouco tempo atrás a Skatista Rayssa Leal trouxe ao Brasil a medalha de prata, pela categoria Street, nas Olímpiadas em Tóquio. Como se o feito, por si só, já não demonstrasse imenso virtuosismo esportivo, cabe ressaltar que, a Skatista, tem somente longevos treze anos. Nas mídias, além de notória e merecida comemoração, eclodiu a seguinte pergunta: “O que você estava fazendo aos treze anos?” Aos treze anos a convidada de hoje estava iniciando sua aventura pelo mundo dos sons. Semelhante à Rayssa Leal, ela também tem carreira internacional. Bacharelado na National Music Academy ‘Pancho Vladigerov’, na Bulgária; pósgraduação na Carnegie Mellon University, em Pittsburgh, Estados Unidos; mestrado na University of Louisville, em Kentucky e doutorado na University of Sydney, na Austrália. Porém, nem só cátedras e diplomas atestam, na atualidade, a validade da arte, a consolidação dos conhecimentos e a habilidade virtuosa. Esses títulos certamente compõem um substrato imenso; a raiz de uma árvore esplendorosa, todavia essa árvore conta também com belos - e necessariamente vistosos - frutos. Além de estudar, e de fato ser, é preciso, no mundo digital; na era das redes, aparecer. Os desafios que as redes sociais impõem aos intérpretes vão desde mera distração - no período de estudo - à necessidade contínua de exibição. Views e likes passam a compor, como diria Bourdieu, o nosso capital simbólico (digital). A validade do que fazemos é atestada pelo nosso interlocutor, e público, que agora, recebe um outro nome, o de usuário. Navegar no oceano digital, sem ser inadvertidamente um náufrago, exige do intérprete um outro virtuosismo, um virtuosismo socio-virtual. Digital influencer, international violinist e Doutora em Música, ela não naufraga nas redes, até a elaboração dessa “Ouverture” os números contam com: 75 mil incritos no Youtube, 502 mil seguidores no instagram e 40 mil seguidores no Facebook. Falar diariamente para esse número de pessoas, parece ser, a missão atual de um intérprete que, se vê na posição de tirar a música da ribalta, trazendo-a ao cotidiano do público. No caso da nossa convidada, a conversa também pode ser em sete línguas. Para falar de violino, música, educação e social media, hoje a Beleza do Som recebe Anna Murakawa. Como sonhos grandes dialogam, a conversa também contará com a participação da Dra. Ana Abrantes, diretora da Sphinx Organization, e a primeira convidada de cadeira cativa no Podcast.